Procuradoria vê relação da CBF em ‘grandioso’ esquema de corrupção

Marco Polo Del Nero
Marco Polo Del Nero

A Procuradoria Geral da República diz não haver dúvida de que a CBF esteve envolvida em esquemas de corrupção desvendados pelo FBI, nos Estados Unidos. Em posicionamento defendendo a quebra dos sigilos de Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da confederação, o Ministério Público Federal diz ser imprescindível que se apurem os indícios de que houve a participação do dirigente em supostos delitos.
Ao sustentar que a CPI do Futebol deveria ter acesso aos dados de Del Nero, a Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio afirma que “pelo que está descrito no documento elaborado pelas autoridades americanas, não há dúvida de que havia um grandioso esquema de corrupção envolvendo a FIFA, a CBF e a Confederação Sul-Americana de Futebol, havendo graves indícios de que os dirigentes da CBF participavam intensamente desse esquema.”
A declaração faz parte de um documento de 13 páginas que está com o Supremo Tribunal Federal desde o dia 6 de outubro, em um processo impetrado por Marco Polo Del Nero para barrar as quebras de sigilos de suas informações pessoais, bem como de dados da Receita Federal e também bancários.
Os parlamentares já tiverem acesso a parte dos dados do dirigente licenciado.
À Folha, a CBF afirmou que não comentaria a posição da Subprocuradora-Geral da República. A entidade diz ter enviado “a documentação necessária para o Ministério Público Federal e colocou-se à disposição do Ministério da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos. A entidade tem convicção de que todas as dúvidas das autoridades serão respondidas e reafirma que não cometeu nenhum ato que viole a legislação nacional.”
O MPF confirmou na última sexta-feira (4) que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá para a Justiça dos Estados Unidos provas das acusações contra Del Nero e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Um dia antes, o Departamento de Justiça norte-americano acusou formalmente os brasileiros e outras 14 pessoas ligadas a confederações na América Central e do Sul de corrupção, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.
Fonte: Folha de São Paulo

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