Ufopa emite Nota sobre caso da advogada destratada dentro da Instituição

Professora Raimunda Monteiro
Professora Raimunda Monteiro

A Universidade Federal do oeste do Pará, através de sua reitora, Raimunda Nonata Monteiro, encaminhou Nota de Esclarecimento à nossa redação se pronunciando sobre o caso da advogada Natália Melo de Farias, que foi constrangida dentro da Instituição Federal, na última quarta-feira, durante um encontro com membros do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef). Veja abaixo, a Nota de Esclarecimento na íntegra:

 UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ REITORIA

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Administração Superior da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) vem a público prestar esclarecimentos sobre o incidente comunicado pela OAB em publicação nas redes sociais e em Nota de Desagravo, envolvendo uma advogada da Ordem e docentes desta Instituição.

A Ufopa não tem interesse, nem é prática institucional, em obstar os direitos de um advogado em defender qualquer servidor público da Universidade, seja docente, seja técnico em educação. Por isso, sente-se na obrigação de defender seus servidores no exercício da função pública federal que se sentiram ofendidos publicamente com as referidas notas.

O episódio que envolveu membros do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef), no dia 28.9.2016, ocorreu em uma reunião do Conselho, na qual seria apreciado um processo movido pelo cliente da advogada Natália Melo de Farias contra o conselho do IBEF. Com a entrada da advogada na reunião sem identificação profissional, bem como com a ausência de procuração juntada aos autos do processo lhe conferindo poderes para atuar em nome do seu cliente (ressalvando que o interessado no processo já tinha juntado procuração nos autos nomeando outro advogado), o Conselho deliberou por convidá-la a não participar da reunião.

Com a recusa da advogada em se retirar, e considerando seu modo de comportar-se, tido pelos conselheiros como indelicado, o Conselho (sem voto negativo) entendeu por encerrar a reunião. Não houve expulsão do recinto público, uma vez que esta Universidade, representada por seus docentes, teria ciência do direito de participação da advogada na reunião, desde que se identificasse e juntasse procuração nos autos, conforme preconiza o Estatuto da OAB (art. 7º, inciso VI, alínea “d”, da Lei nº 8.906/94).

Buscando entendimentos para uma solução pacífica e amistosa, a Reitoria e os dirigentes da OAB concordaram em resolver o impasse interpretativo de condutas com uma reunião na manhã da quinta-feira (29.9.2016), com a presença da advogada e dos membros do Conselho. A OAB requereu que os membros do Conselho expressassem, diretamente à advogada, um pedido de desculpas.

Diante da nota expedida pela OAB/Subseção de Santarém, com ampla veiculação pública, os conselheiros e a categoria se sentiram agredidos profissional e moralmente. Lamenta-se a abordagem depreciativa utilizando termos como “doutores” aspados, sugerindo dúvidas sobre a formação, o profissionalismo e a capacidade de cada professor com o referido título.

Diante dos desdobramentos, a Administração Superior se solidariza com os docentes, técnicos e alunos que se sentiram agredidos e/ou indignados pela forma como foram citados e expostos.

Reiteramos que a Universidade respeita o Estatuto da OAB e as instituições democráticas, assim como tem na OAB uma referência na defesa dos mais amplos direitos de Universidade Federal do Oeste do Pará Reitoria

 

cidadania. Esta é a principal marca da atual gestão da OAB. Por isso, reitera o propósito de superação deste incidente e a retomada das boas relações que marcam a trajetória das duas instituições. A Ufopa continua de portas abertas para o bom acolhimento dos advogados e advogadas. Entre os cursos da Ufopa, o de Direito credita muito da sua qualidade à valiosa colaboração da OAB.

Acrescenta-se a esta Nota a mensagem de solidariedade do Sindicato dos Professores da Ufopa (Sindufopa) aos professores mestres e doutores do Conselho do Ibef envolvidos, “reconhecendo a primordial função destes em levar a luz do conhecimento para nossa sociedade que brinda com elegância e bem-estar as relações respeitosas e pacíficas entre pessoas, classes, etnias e instituições”.

Santarém, 30 de setembro de 2016.

RAIMUNDA NONATA MONTEIRO

Reitora da Universidade Federal do Oeste do Pará

Mario Adonis Silva

Representante do Sindicato dos Professores da Ufopa (Sindufopa)

3 comentários em “Ufopa emite Nota sobre caso da advogada destratada dentro da Instituição

  • 2 de outubro de 2016 em 10:49
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    dona raimunda, ser professor impõe certa conduta que não se coaduna com o fato em riste e nem com outras de mesmo talante, imputados a membros da instituição que a senhora, por hora, representa. Fico envergonhado de ver “colegas” professores agindo como se fossem qualquer coisa, menos um exemplo a ser seguido pelos discentes.

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  • 2 de outubro de 2016 em 10:38
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    Dona raimunda, oh dona raimunda, quem escreveu está nota “torceu” o fato de maneira risível, advogado senhora pode, ser apontado verbalmente como procurador pelo cliente. A nota expedida fala da direção da instituição e não de alunos e professores. É bem verdade que o ensino no estado do Pará é tido como um dos piores do país, mas não atente contra a nossa inteligência.

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  • 1 de outubro de 2016 em 09:00
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    A reitora devia dizer que ia apurar os fatos. Servidores públicos são funcionários públicos, remunerados inclusive com os impostos da advogada ofendida. Está faltando ler de novo o estatuto do servidor, onde este tem a obrigação de tratar as pessoas com respeito. A nobre advogada foi expulsa da sala. A advogada deveria apurar a questão e também a omissão da reitora. Ver se merece uma representação junto ao órgão competente ou até indenização.

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